Bem treinado e seguro

Capacitação adequada para profissionais que trabalham com alta tensão é importante não apenas para prestar um bom serviço, mas para manter a segurança dos colaboradores e do sistema de energia elétrica como um todo.
Um profissional devidamente habilitado e bem treinado é importante para qualquer atividade ou função a ser realizada de maneira adequada. Em uma prestadora de serviços, por exemplo, a existência de uma equipe capaz de realizar o trabalho a que foi destinada traz benefícios não apenas para os clientes, que tendem a ficar satisfeitos por serem atendidos em seus desejos, como também para a empresa, que adquire prestígio por ser eficaz na solução dos problemas dos contratantes. Não obstante, quando se trata de eletricidade, mais especificamente de redes de alta tensão, um outro item deve ser levado em conta ao se pensar nas principais razões de se capacitar o profissional para a realização de serviços nesta área: a segurança.
Paulo Sérgio Pereira, diretor da Conprove, empresa especializada na fabricação de instrumentos para testes elétricos, consultoria, serviços, cursos e treinamentos na área elétrica, afirma que, neste segmento, o profissional deve estar ciente de que sua devida capacitação é importante no sentido de não comprometer vidas humanas, deles e de outros profissionais que estão envolvidos no trabalho, já que se atua com eletricidade em alta tensão e qualquer descuido pode ser fatal. Além disso, existe outro agravante: o profissional deve cuidar para não promover o desligamento indevido de uma subestação ou de uma rede de transmissão, por exemplo. Isto pode gerar sérios problemas ao funcionamento do sistema elétrico e acarretar prejuízo financeiro à prestadora de serviços, que pode ser multada, caso a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entenda que a falha foi de responsabilidade da empresa.
São dois os tipos de treinamentos oferecidos pelas empresas dessa área – sejam elas concessionárias, indústrias ou prestadoras de serviços – para seus funcionários: a capacitação técnica propriamente dita e a capacitação obrigatória envolvendo segurança de trabalho estipulada pelo Ministério de Trabalho e Emprego (MTE). Normalmente, o curso de capacitação técnica é realizado pela própria companhia, mas o treinamento obrigatório de segurança no trabalho é terceirizado. É o que ocorre, por exemplo, com a MTX Engenharia, que fornece serviços de inspeção e manutenção na área. Por se tratar de uma empresa de menor porte, com um quadro enxuto de funcionários, ela delega este tipo de treinamento a uma consultoria, que conta com profissionais habilitados para ministrá-lo.
O engenheiro eletricista e de segurança no trabalho e consultor técnico, João José Barrico, afirma que o ideal seria as companhias contarem com profissionais especializados em segurança de trabalho. “Porém, a grande maioria de nossas empresas está na faixa de pequena ou média, atualmente lutando arduamente para sobreviver aos custos e carga tributária, de forma que não comportam manter um grupo com tal especialização”, diz. Barrico destaca que seria muito producente, no entanto, que as associações de empresas, os sindicatos patronais e outros órgãos mantivessem esse tipo de serviço, como ocorre com o Serviço Social da Indústria (Sesi), com o objetivo de tornar acessível essa evolução sob forma de uma melhoria contínua e sistematizada.
Trecho retirado do artigo da Bruna Moreira publicado no site http://revistaincendio.com.br/brasil-precisa-de-maior-protecao-contra-incendios/ acesso em 07 de julho de 2016.

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